Hi
everyone!
Em 2013, quando
ainda era apenas uma menina tentando me encontrar no mundo do blog e expor
exatamente o que eu pensava sobre determinado assunto, fiz um post sobre uma
série muito especial, que até então não sabia que se tornaria a da minha vida.
Dividi uma visão pequena, sem grande pesquisa ou detalhes... Uma opinião muito
crua sobre Band Of Brothers, a minissérie mais foda do universo da Segunda
Guerra Mundial.
Depois de quase
três anos, agora com uma escrita mais “madura” e pronta para expressar corretamente
todos os motivos que a tornaram meu vício, resolvi fazer um post digno para ela.
É o mínimo que eu posso fazer em homenagem a uma minissérie que conta a história
de homens extraordinariamente corajosos.
Currahee!
Sinopse:
Uma das minisséries de maior sucesso da HBO, Band of Brothers coloca
o telespectador dentro do universo da Segunda Guerra Mundial, enquanto mostra
de perto a saga da lendária Companhia Easy, formada por soldados que se
distinguem pela coragem, sacrifício, camaradagem e heroísmo na defesa de seus
ideais. Em dez episódios, acompanhamos desde o treinamento pesado dos
militares, que começa em 1942, a sua chegada de paraquedas na França no Dia-D,
em 1944, as suas ofensivas sempre na linha de frente do batalhão, até a tomada,
em 1945, do refúgio de Hitler. Ao início de cada episódio, há o depoimento de
veteranos da Companhia Easy, cujas experiências estão traduzidas neste drama,
que mostra os momentos mais importantes vividos por cada um soldados. Além
disso, grandes nomes produzem a minissérie, garantindo sua qualidade: Tom
Hanks e Steven Spielberg, ambos em seu primeiro trabalho para a
televisão.
Diferente de todas as resenhas (considero mais como impressões!) que já
preparei para o blog, dessa vez não impedirei que os meus dedos sejam descuidados,
não impedirei que eles mencionem algum detalhe que normalmente deixaria de
fora. Estão avisados, ok?
"Bem, Don, eu estava em casa em Tonawanda, então Hitler começou essa coisa toda. Então agora estou aqui."
Esqueça por um momento todos os filmes que
recriaram o desembarque das tropas americanas nas praias de Omaha e Utah,
pois em 1942, em um campo de treinamento militar em Toccoa (Geórgia),
voluntários estavam se preparando para saltar atrás das linhas inimigas.
Cidadãos comuns que em sua maioria foram castigados pela Grande Depressão,
seduzidos pela ideia de ir para a guerra com os melhores e os 100 dólares que
receberiam mensalmente. Não se tratava de homens com ambições de fazer carreira
no exército e ganhar uma porção de medalhas durante a guerra, eram civis como
você e eu.
Eles passaram por um treinamento duro, levando cada
um ao seu limite físico, mental e emocional, lutando contra a raiva de serem
comandados pelo Capitão Herbert Sobel, um comandante rigoroso com seus homens e
um péssimo líder em combate. Ao contrário do Tenente Richard Winters, alguém
que os soldados confiavam de olhos fechados e que arriscaram seus próprios
pescoços ao fazerem um motim contra o cargo de Winters por algumas semanas na
cozinha.
Sem dúvida essa união e confiança ajudaram o
Tenente a assumir a Companhia Easy no dia D, já que o avião do Primeiro-tenente
Thomas Meehan – substituto do Sobel – fora abatido antes que pudesse saltar.
Apesar das perdas e os alemães terem dificultado o salto dos pára-quedistas na Normandia,
eles estavam confiantes em todo o treinamento que receberam, bem como em seu
comandante, que tornou possível a destruição da bateria alemã direcionada para
a praia de Utah. A praia onde milhares de soldados estavam tentando
desembarcar. O ataque a bateria alemã ainda é usado como exemplo nos dias de
hoje em West Point!
"A única esperança que você tem é aceitar o fato de que já está morto."
Esse ataque foi apenas a primeira operação que a
Easy foi requisitada e está enganado quem pensa que sua fama se fez apenas de
vitórias. Muito pelo contrário, a companhia fracassou em Market Garden, quase
foi aniquilada em Bastogne e perdeu Moose Heyliger – substituto do Meehan – por
causa de um sentinela nervoso. Eles venceram e perderam batalhas, perderam e
fizeram grandes amigos, descobriram grandes líderes, tiveram problemas em lidar
com a realidade do front.
Vocês devem estar se perguntando... O que torna essa história tão especial?
Não há patriotismo exagerado ou soldados perfeitos,
onde ele diz o tempo inteiro que está orgulhoso por fazer isso pelo país. Em Band Of Brothers há homens comuns se
tornando soldados, colegas se tornando irmãos, a guerra despertando o lado
impiedoso de alguns e o lado vulnerável de outros, líderes bons e líderes ruins.
É a história da companhia que encabeçou o avanço de Carentan, combateu na
Holanda, controlou as cercanias de Bastogne, liderou a contra-ofensiva na
Batalha das Ardenas e participou da campanha da Renânia, além de tomar o Ninho
da Águia, a fortaleza de Hitler em Berchtesgaden. Um bando de homens comuns que formaram uma das
melhores companhias do mundo. Uma companhia de heróis.
Cenas como o primeiro campo de concentração
encontrado e o Winters pedindo à patrulha que forjasse um relatório, pois, não
deixaria que os caprichos do seu superior tirassem mais vidas, tirarão seu
fôlego. Um tenente recém-chegado se oferecendo para ir no lugar de um colega
que havia acabado de perder 5 amigos na última batalha, Winters tirando a
munição do fuzil de um de seus homens para que os prisioneiros chegassem vivos
ao QG, Lipton aumentando a moral de todos em meio a destruição e ao frio de
congelar... Você aprende a amar, admirar e respeitar esses caras com muita
facilidade.
Após assisti-la, tenho certeza que Richard Winters,
Lewis Nixon, Buck Comptom, Joe Liebgott, Johnny Martin, Chuck Grant, George
Luz, Donald Malarkey, Joe Toye, Ronald Speirs, Bill Guarnere, Bull Randleman,
Babe Heffron, Hoobler, Carwood Lipton, Muck, Penkala, Perconte, Eugene Roe,
Floyd Talbert, Webster, Shifty Powers e muitos outros serão pessoas que você
adoraria passar uma tarde conversando sobre os velhos tempos.
A verdadeira Easy Company
É claro que a minissérie, apesar da história
poderosa por si só, não seria considerada tão épica se não fosse pelos efeitos
especiais, a produção fantástica, os diretores talentosíssimos, os depoimentos
retirados de um documentário no início de cada episódio, a interação entre os
atores e o desempenho fenomenal deles em interpretarem os papéis que lhe foram
designados. A semelhança física foi um dos requisitos nos testes para o elenco.
Tudo muito real, algo que somente encontramos em O Resgate do Soldado Ryan. Sem dúvida esse é o resultado do
envolvimento de Steven Spielberg e Tom Hanks neste projeto.
Realmente foi uma surpresa ler o livro e perceber que
conseguiram reproduzir tão bem as 388 páginas em apenas 10 episódios. O livro
me serviu como uma extensão– já que havia assistido primeiro - de tudo o que eu
já conheci pela minissérie, os detalhes de tudo o que acontecera antes, durante
e após a Segunda Guerra. Portanto, se você é grande fã de livros envolvendo a Segunda
Guerra e está interessado em saber mais sobre essa grande história, não hesite
em adquirir um exemplar. Não irá se arrepender!

Embora possam achar exagerado, confesso que estou
muito emocionada em finalizar esse post. Logo que decidi escrever sobre a
série, tive receio de não alcançar meu grande objetivo e fazer algo que não
homenageasse a altura os homens da Companhia Easy. Não tenho certeza ainda se o
fiz... Mas sei que coloquei todo o meu coração aqui e espero que vocês percebam isso,
assim como se sintam instigados a assisti-la imediatamente.
Para fechar com chave de ouro, decidi compartilhar um vídeo com uma das inúmeras
cenas que os fãs da minissérie adoram.
(Gif: fyeahtoccoamen.tumblr.com/ weheartit.com/ giphy.com Fotos: brtd.net/absquad.net)
Deixo aqui todo
o meu respeito e gratidão aos homens que lutaram nessa época sombria, aqueles
que deram suas vidas e os que tiveram que lidar com as cicatrizes ao voltar
para casa. Esta é apenas uma parte de um grande acontecimento, mas que é tão
importante quanto às outras.
Quem dera ter a
sorte de conhecer um desses homens!
Até a próxima e mais uma vez... CURRAHEE!
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